Hoje é o dia dela! Minha mimosa, parceira e companheira de, literalmente, todas as horas! Pode estar em casa de pijama, se eu pedir prá me acompanhar na padaria, no frio de rachar, ela não hesita... pode até fazer uma carinha de cansada, mas não diz "não"!
Adora uma estrada... aventuras em si, e faz cupcakes como poucos!
Nesses momentos a nostalgia cai com tudo! Há exatos 12 anos atrás, eu dava à luz (paria, como diriam os gaúchos) minha primeira filha. Foi uma época bem difícil; a gravidez foi complicada e intermináveis 6 meses me deixaram reclusa na pequena e aconchegante casa que tínhamos em Pelotas. Sempre afirmo que Laurinha é fruto de muito amor: uma união de esforços familiares, competência do médico que foi incansável, e uma dose mínima de sorte. De um 31 de janeiro, no auge do verão, até 28 de julho, auge do inverno úmido e frio. Lá ficava eu, olhando o mundo da janela do nosso aconchegante sobradinho (não podia descer escadas, então vivia assim, tipo rapunzel - mas com cabelos curtinhos!). O "programa" era, uma vez por quinzena, vestir uma roupa e ir ao médico, fazer exames de rotina e ultrassonografia. Era aquele momento que me dava uma força inexplicável para seguir adiante com otimismo. Nunca, em momento algum, pensei que ela "fugiria de mim", embora todas as forças indicavam que aconteceria. No meio do percurso, uma cirurgia de urgência, quando nosso pequeno bebê poderia não resistir à anestesia... e lá voltamos prá casa dois dias depois, com Laurinha firme e forte, na barriga.
Era época de Copa do Mundo, e meu maior medo é que entrasse em trabalho de parto em pleno jogo do Brasil. Tinha certeza de que, se acontecesse, o marido relutaria para me levar ao hospital. Cansada de pensar nisso e sofrer por algo que sequer tinha acontecido, resolvi o assunto de forma bem prática e simples: liguei para o seu Folha, motorista de táxi que me atendia no escritório de advocacia onde eu trabalhava, e ele, prontamente, disse que me levaria com alegria para a maternidade, independente do horário!
Mas a Copa do Mundo acabou, o Brasil entregou o jogo prá França, e Laurinha seguiu na barriga, acho que gostou do ambiente e resolveu curtir até o fim... àquelas alturas, meu médico já tinha me liberado uma vez para sair e comprar algumas roupinhas. O restante do enxoval foi presente, pois eu não saía de casa nem prá ir na esquina. Em casa, bordei muito, mas muito ponto cruz, enquanto assistia as tardes inteiras o programa da Ana Maria Braga, não lembro em qual emissora, e nesse mesmo período concluí a monografia de uma pós graduação.
Bem, era noite de 27 de julho e a jornalista do jornal da noite, Lilian Wite Fib, noticiou que Xuxa se dirigia à maternidade para dar à luz à Sacha. Aquilo só me irritou! heheheheheh! Apareceu Xuxa, linda e loira, sorrindo para os fãs em direção ao hospital, enquanto ali estava eu, gorda, feia e ansiosa para ver minha filha. Pois Laurinha estava a caminho, e chegou naquela mesma madrugada, num amanhecer de geada e frio.
O dia seguinte foi diferente, o corpo doía e aos poucos a gente ia se acostumando, uma com a outra. Nossa primeira noite juntas, depois que todas as visitas se foram, foi bem agitada... ela tentando mamar, eu tentando me acostumar. E o jornal nacional nos massacrando com intermináveis não sei quanto minutos contando as primeiras atividades da Sasha. Coisa impressionante! heheheheh! como se eu estivesse interessada naquela ladainha toda!
Bem, fomos prá casa no dia seguinte... eu com os mesmos vinte quilos a mais, e feliz da vida com nossa Laurinha nos braços. (acho que a rainha dos baixinhos ainda ficou uma semana numa clínica, e já saiu linda e magra... coisas de estrela!!!!).
Lembranças... são boas e divertidas!
Nossa querida cresceu, com a cara de seu pai! Tem suas vontades próprias, desejos, ansiedades, e um sorriso como poucos! A ela meu post de hoje, repleto de amor!